segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ser ou Parecer... Eis a questão






Acho que dessa vez o ideal seria começar pelo começo,ou melhor dizendo, por mim mesma,e tudo aquilo que venho criando e carregando durante um certo tempo.
Não ha nada de especial comigo,o que me torna diferente,é que com o passar do tempo acabei deixando de lado minha verdadeira personalidade,pra viver uma pseudo-realidade,tentando agradar a todos,mas incrivelmente dessa vez  minha consciencia estava com eles,e não a meu favor. Não é que as pessoas sejam más,pelo contrário,elas querem o meu bem,mas existe uma enorme diferença entre achar o que é melhor pra mim e viver a minha vida,sendo eu mesma,enfim,acho que comecei essas cobranças desde criança,mas sem explicação,nos ultimos tempos,nada que eu faça esta bom pra mim,e realmente,acho que isso tem um fundo de razão,quero mudar,mas sinceramente,não sei qual voz da minha mente seguir,ja que elas so aumentam com o passar do tempo,os dialogos estão praticamente monologos reprisados,em algum lugar no meio dessa confusão,perdi ou abri mão do controle entre o que eu quero e vou fazer,e do que as pessos esperam e querem de mim,mais do que isso,aos poucos fui abrindo mão de ouvir meus desejos,sonhar novos sonhos,me tornei tão estrangeira de mim,quanto qualquer outra pessoa que eu conheça.
Como mudar,se não sei diferenciar quem eu realmente sou,de tudo aquilo que guardei ao longo do tempo na bagagem das minhas lembranças,e qualquer tentativa de procura,acaba em uma pergunta sem resposta,pois o sujeito da frase não tem noção de qual escolha realizar.

O Amor é Uma Eterna Variável




"Na definição de amor no meu dicionário, encontro apenas pontos de interrogação. Impossível traduzir de maneira universal. Não há regras, não há leis. Não existem verdades absolutas. Justamente porque acontece em tantas diferentes formas... Às vezes o que deu certo com você, não necessariamente dará com os outros, e vice-versa. Não leve conselhos tão à sério, pois mesmo contando toda a história, ninguém saberá melhor do que você o que realmente está sentindo. Siga seus instintos. Erre, aprenda e desaprenda. Por conta própria. Até porque, se dicas dessem certo, já existiria manual de instruções."


Luan Lobo

"O que aprendi sobre o amor"



Mas a maior coisa que eu sei sobre o amor em meus 40 anos…
…é que não sei muito. Só sei o que funcionou para mim e mesmo assim tudo está em movimento. Há um ditado budista que pergunta: “Por que é que os humanos preferem a areia movediça da certeza, em vez do solo firme da mudança?”



TESSA BLAKE
40 anos, escreve para filmes e televisão com o marido, Ian Williams


"Gostaria de observar que tenho ignorado toda lição desta lista, e que seria uma ilusão supor que nunca vou quebrar uma delas novamente. Quando se trata de algo tão ilusório como o amor, é difícil saber quando se está indo pelo caminho certo, ou se todos os altos e baixos vão levar a alguém."

MICHELLE CACCIATORE
25 anos, é escritora, mora em Nova York e contribui para várias revistas e TVs



"Ao sentar para escrever esta história – com os 30 se aproximando entrei num padrão auto-depreciativo de humor. “Tenho um distúrbio de aprendizagem”, digitei. As mulheres são programadas para pensar que o tempo não está do seu lado. As mais inteligentes, no entanto, sabem que está. Deixe-me explicar. Um ano e meio depois que o namorado com quem estava havia seis, me deixou no meio da noite por outra mulher, finalmente consigo olhar para trás e contar minhas bênçãos. O tempo me mostrou que nem todas as lembranças são felizes. Aqui vai um breve resumo do que eu aprendi:

Estar em um relacionamento não significa necessariamente ser feliz
Houve momentos em minha vida em que tentei me convencer de que a minha relação era tudo o que desejava que fosse. Mas aprendi que há uma diferença entre estar confortável e ser feliz. E descobri que os melhores relacionamentos envolvem momentos de desconforto real – mas também de alegria real. Portanto, prefiro colocar energia em algo autêntico."
JIL DI DONATO
30 anos, professora adjunta de Inglês do Fashion Institute of Technology em Nova York

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ambiguidade

 
 
"Ficar bem. Ser feliz. Encontrar um caminho. É tão simples! Tão banal como seguir um rumo, como alcançar um objectivo, como andar em frente sem olhar para trás.
De alguma maneira é simples. Simples como o esquecimento que não vem e a distância que não se pede. Simples como tatuar na pele uma nota a indicar que não se quer saber de nada nem de ninguém. Simples. Tão simples. E quem pode alcançar a simplicidade?!
É por isso que acho que pedir a alguém para ficar bem, quando o amor acaba é o mesmo que pedir a um pássaro que voe depois lhe partirem as asas. Sim! Ainda há céu. Ainda pode olhar para o céu. Ainda pode sonhar com o céu. Mas nunca mais fará parte dele. E, de alguma maneira, o céu dos meros mortais de asas e corações partidos é a felicidade... Está ali e existe. Podemos olhá-la, podemos sonhá-la. Mas nunca seremos parte dela... e ela nunca será parte de nós.
Haverá sempre a barreira inevitável da destruição. A destruição da vida que foi sonhada e não foi vivida. A destruição da crença de que se podia tocar na linha imaginária onde se cruza o mar e o céu. A destruição da certeza de que, um dia, tudo vai fazer sentido. E, quando tudo é quebrado pela barreira do adeus, fica somente a incerteza fria de que seja possível acordar sem desejar voltar atrás e morrer num dos momentos em que tivemos a plenitude.
A felicidade? Ela mora bem ali... na distância crua de tudo o que se conhece mas já não pode tocar, a exibir-se à frente dos olhos, numa parada de tortura, como se quisesse ter a certeza de se sofre o suficiente.
Mas solta-se o desejo: "fica bem!", "sê feliz", "encontra um caminho!". Porque ninguém é sincero o suficiente para admitir que "bem" é a distância do improvável, "feliz" é a certeza do impossível e que "um caminho" não significa um caminho mas antes outro caminho. Um caminho diferente do que teria sido desejado. Um caminho meio vazio, meio gasto, meio roubado, meio sofrido... cheio de meios, cheio de metades, completamente incompleto.
São as ambiguidades da vida. As ambiguidades que vêm da dor que nos é causada por tudo o que já nos fez feliz. As ambiguidades de haver infernos nos céus dos nossos desejos. E quantos de nós não somos pássaros de asas partidas, a olhar para o céu da felicidade? Quantos de nós não buscamos a força que não temos para bater as asas, mesmo partidas, numa tentativa de os alcançar, por mais que doa?
As asas quebradas com as quais pintamos as lágrimas também são simples. Tão simples que, quem olha para nós, ainda consegue dizer "fica bem". Tão simples que acabamos por aceitá-las e mentir a nós mesmos dizendo "fui eu que escolhi o chão".
Eis a ambiguidade da dor. Fere tanto que nos torna mais fortes!"
Marina Ferraz

Meus fins


"Não vou ditar nenhum começo, porque já perdi a conta de quantos meios nos pertencem. Acuso o passado, tento condenar essa saudade que mesmo discreta ainda me acompanha. Somos poesia pela metade, deixei de tentar entender a distância que me impede de ser sua. Minha vida continua, mas vou colecionando fins. Pequenos e pacatos finais em que todos se resumem há um quem sabe de nós.

É uma insistência involuntária que me faz comparar esses dias de sol que não há você, por mais que a felicidade venha gratuita eu me enjoei de mim por tentar mudar o nome das lembranças. Voltar para casa já não resolve minha falta de sono, compartilhar mesas com os amigos é só uma distração do tempo, sou um círculo de emoções que faz meu coração cambalearem na busca de qualquer esperança de dividir a janta com você."




Luara Quaresma