domingo, 31 de março de 2013

"Ela não precisava ser salva.Mas, se ele tentasse, ela ia gostar."*




"– E se o amor não for uma coisa que aconteça com a gente?
– Como assim?
– E se o amor for uma coisa que a gente deixa acontecer?"

  Gabito Nunes





"Você não reconhece o dia mais importante da sua vida. Não até que você esteja bem no meio dele. O dia em que você se compromete com algo ou alguém. O dia em que partem seu coração. O dia em que você conhece sua alma gêmea. O dia em que você percebe que não há tempo suficiente porque você quer viver para sempre... Esses são os dias mais importantes. Os dias perfeitos."

Grey's Anatomy


* Título da autora Briza Mulatinho

Meio vazio



"Não adianta, o copo estará sempre meio vazio. No girar do mundo,  prefiro continuar na minha zona de conforto cinza, limitando-me de sonhar com aquelas coisas que provavelmente não realizarei. Saio vivendo, apenas. Ando pela rua e vejo os sorrisos Colgate das pessoas. Não consigo. Não acredito que tenha nascido para fazer parte desse exuberante comercial de margarina do qual as pessoas dizem e tentam fazer parte. Não gosto de novela.



 Se for para definir, minha vida é um filme francês, com um amor parisiense e aquele clima melancólico dos filmes com o Louis Garrel. Não sirvo. Não me encaixo. Não sei disfarçar insatisfação e nem estampar um brilho no olhar e um sorriso meia boca só para agradar. A vida deveria ter mais Photoshop. Permaneço com a cara feia. A raiva explícita e uma certeza: o copo estará sempre meio vazio."

Um texto lá dos confins de 2011.


Texto e imagem de autoria da Luciana Brito
 do blog Caixa Preta

Desses que doem nos olhos e no coração*




"Aproveite os bons ares de Buenos Aires para expirar J. L. Borges e inspirar O Aleph. Aquele ponto imaginário e jogado no infinito: o início e o fim de todas as coisas: onde cabe tudo e nada cabe, onde os sonhos se comprimem em alguma realidade distante e tão próxima para curar e estancar todas as dores que insistem em nos fazer sangrar. Jorge Luís Borges, mesmo quando usa uma linguagem complicada, no fundo só quer dizer uma coisa: que ama. E quando diz que ama, só quer dizer: que vive. E quando diz que vive: só quer se aproximar cada vez mais da morte. E morrer não é não mais respirar: é não querer enxergar a beleza da vida. E para isso não é preciso de olhos, de visão: sonhar é a mais bela forma de ver o mundo. Borges, de tanto amar e não ser compreendido, ficou cego. E mesmo cego, encontrou novas maneiras de sonhar o mundo e admirar a poesia. Infeliz deve ter sido por não ter conhecido a grandeza dos seus olhos negros. Com certeza seriam O Aleph de todas as belezas e de todas cores do mundo. Eu conheci os seus olhos: eu estive no seu mundo. E através deles vi o início e o fim das coisas, vi que tudo tem um começo, um meio e incontáveis fins, vi também que o amor é um ponto distante no universo onde cabe tudo e nada cabe, onde os sonhos se comprimem em alguma realidade distante e tão próxima de nós e nos curam de todas as dores que insistem em nos fazer sangrar. [estanque-me; antônio]"
Eu me chamo Antônio

*Título retirado de um das crônicas da Marla de Queiroz